Lei n.º 4.769
Art. 14 Só poderão exercer a profissão de Administrador os
profissionais devidamente registrados nos CRAs, pelos quais será expedida a
carteira profissional.
§ 1º A falta do registro torna ilegal,
punível, o exercício da profissão de Administrador.
O
administrador aprende muitas técnicas de gestão na sua graduação. Muitos
continuam a se preparar nas especializações e diversos cursos de MBA em busca
de mais conhecimento. Os estudos em áreas especificas foram criados justamente
para preparar profissionais competentes para a demanda em sua área de estudo. Por isso cargos de administração logicamente
são ocupados por administradores. Será?
O
administrador graduado vive uma situação delicada atualmente. O que vemos e
percebemos é que as empresas simplesmente às vezes não fazem questão de ter um
profissional da área. Afinal de contas qualquer colaborador pode assumir essa
função sem problemas nenhum independente se ele se preparou ou não para tal. Infelizmente
não temos um conselho atuante e qualquer profissional independente de ser
bacharel em administração, sendo ou não registrado no conselho de
administração, assume o espaço do Administrador. Enquanto houver o pensamento
de que os conselhos de administração não são atuantes, e não são mesmo, o que
veremos é a não associação dos bacharéis graduados.
Afinal
de contas o pensamento que paira na sociedade em geral é que qualquer pessoa
esta habilitada a exercer a profissão de administrador. Assim sendo com uma
fiscalização tão falha o administrador graduado poderá exercer a sua profissão
tranquilamente, acredite se quiser, mesmo sendo administrador graduado e não
registrado no conselho que legitima sua profissão. Mas afinal de contas será
que a profissão do administrador realmente está sendo tratada como legitima ou
esta banalizada? A verdade é que a legitimação do administrador está
fragilizada e parece não fazer diferença ser ou não profissional legitimo da
área. Afinal de contas os cargos de gestão são ou não são protegidos por lei e
passível de aplicações de multas para empresas e profissionais que atuam nessas
posições sem o devido registro de classe?
Há
sim raríssimas exceções de cargos públicos que destinam as vagas de
administração para o administrador graduado e registrado no seu respectivo
conselho de classe. Raríssimas porque até mesmo muitas funções que poderiam ser
destinadas a administradores no estado são abertas para profissionais com
bacharelado diversos. A verdade é que não há uma fiscalização atuante e eficaz
e não se vê nenhum movimento dos conselhos e dos órgãos fiscalizadores para
mudar essa situação. Afinal de contas os grandes "administradores" da
nação não tem formação alguma e não é preciso nem ao menos um curso técnico ou
de rápida duração, assinou o nome toma conta do estado brasileiro. O que vemos
é uma gestão deficitária feita por conchaves políticos em todas as posições do
poder publico.
O
exemplo é valioso. Temos que começar usando o estado como exemplo e os
concursos públicos para as áreas da administração devem começar a exigir sim o
bacharelado em administração. As indicações para cargos importantes devem
obedecer claramente a critérios que as justifique. Isso está acontecendo? Acho
que não. Os conselhos devem ser agentes mais atuantes de forma que realmente os
registros de administração tenham mais validade e representatividade.
Pensando
em dar mais reconhecimento à profissão muito se discute sobre a criação das
avaliações de suficiência para o bacharel em administração, mas veja bem, hoje
poucos profissionais se registram no conselho diante de uma fiscalização não
atuante e do pressuposto que qualquer profissional pode assumir os cargos de
administrador. Imaginem então como seria com a possível criação dos exames de
suficiência. Se continuarmos desse jeito me parece que haveria uma redução
maior ainda na quantidade de profissionais registrados. A aplicação do exame é
interessante, mas antes disso tem muita coisa para ser mudada para dar ao
bacharel em administração direito a exercer a função para qual se preparou. A
verdade é que está mais fácil os conselhos desaparecerem do que aumentarem seu
valor de representatividade com a exigência dos exames de suficiência. Com o
administradores sendo efetivamente legitimado as empresas também se preocuparão
mais com a formação e preparação dos mesmos para assumirem cargos estratégicos no
futuro valorizando ainda mais a profissão.
Estamos
em um momento que a profissão de administrador esta banalizada suficiente para
colocar em risco toda uma reputação. Citando Kanitz “nós ficamos indignados
quando a imprensa diz que este país é administrado por administradores, quando
o problema é justamente o oposto.” (Stephen
Kanitz / Na administração anterior...)
Primeiro temos que
pensar em como nos organizarmos como classe para termos nosso direito legitimo
atendido. Afinal de contas médico é médico, contador é contador, bacharéis de
direito ocupam posições de bacharéis de direito e "administrador qualquer
um pode ser”.
Parece-me
que há algo de errado com isso e você o que acha?
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